09-10-2025
A Noite Europeia dos Investigadores 2025 reuniu centenas de pessoas no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, num evento dedicado a aproximar ciência e sociedade.
Entre as várias atividades, o Mestrado em Ciências Gastronómicas (MCG) da NOVA FCT, em associação com o Instituto Superior de Agronomia (ISA), apresentou a iniciativa “Entre um pitch e uma pitada – A ciência é saboreada”, integrada no âmbito do Projeto TradInnovations (An Advanced Interdisciplinary Educational Approach to Support Innovation within Food Heritage Adapted to Specific Populations’ Needs), onde estudantes demonstraram como a gastronomia pode ser um espaço de inovação e inclusão.
O público foi convidado a descobrir criações como o Arroz de Marisco 100% vegetal ou um gelado de chocolate vegano, adequado a pessoas com intolerância à lactose ou alergia às proteínas do leite. No total, foram servidas mais de 300 degustações de gelado ao longo da noite, ilustrando de forma prática a aplicação científica e tecnológica ao serviço da gastronomia inclusiva e sustentável.
A experiência incluiu ainda um showcooking de "ovos" mexidos e "pastéis de nata" plant-based, elaborados com o Plantalicious – uma alternativa vegetal aos ovos, desenvolvida por uma ex-aluna do Mestrado em Ciências Gastronómicas – especialmente pensada para pessoas que seguem uma alimentação vegana ou que possuem alergia ao ovo. Estas propostas reinterpretam, em muitos casos, clássicos da gastronomia portuguesa através da utilização de hidrocolóides, evidenciando o papel da ciência na inovação culinária. A atividade combinou divulgação científica e degustação, reforçando a importância da investigação aplicada na transformação dos alimentos e na construção de uma gastronomia mais saudável e acessível.
Paralelamente, o Mestrado em Ciências Gastronómicas marcou também presença no Jardim do Príncipe Real com a atividade “A Alimentação Saudável e Sustentável do Futuro”, organizada em parceria com o LAQV-Requimte. A iniciativa apresentou produtos alimentares inovadores e receitas tradicionais portuguesas, desenvolvidos no âmbito do projeto Alga4Food, que explora o potencial das macroalgas na alimentação humana. Entre as propostas destacaram-se bolachas enriquecidas com algas marinhas, um exemplo de como a investigação em biotecnologia e ciências gastronómicas pode contribuir para o desenvolvimento de alimentos mais sustentáveis, nutritivos e alinhados com as tendências alimentares do futuro.
