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Sistemas cristalográficos: 6, 7 ou infinitos?

12-06-2014

Na palestra, tentar-se-á perceber, sempre a nível elementar, o que é efectivamente um sistema cristalográfico, com a esperança de que desse aprofundamento sairá automaticamente quais os sistemas cristalográficos que devem ser usados e portanto, qual o seu número efectivo. Este caminho levar-nos-á a visitar longamente um outro conceito fundamental (e igualmente mal conhecido na sua essência) da Cristalografia geométrica, a simetria, e a investigar qual o seu papel na descrição rigorosa das estruturas cristalinas. No final constatar-se-á que a noção de sistema cristalográfico é afinal uma aplicação da noção de simetria a uma realidade matemática abstrata sem relação necessária com os cristais e será claro quantos sistemas devem ser considerados.

 

Biografia

 

Jorge Figueiras é Professor Auxiliar na Universidade de Lisboa, sendo doutorado em Geologia pela mesma Universidade. A sua actividade docente centra-se em temas de Mineralogia e Recursos Minerais e teve a seu cargo o ensino da Cristalografia no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A sua investigação desenvolve-se principalmente nos campos da mineralogia, da cristaloquímica e da geoquímica em contexto de prospecção de recursos, sobretudo metálicos. Deve-se-lhe (juntamente com J. C. Waerenborgh) a demonstração de que as espinelas naturais de crómio podem sofrer processos de oxidação total do ferro, análogos à transformação de magnetite em maghemite, sem inversão estrutural nem perca significativa dos catiões originais.