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CECÍLIA ROQUE RECEBE UMA STARTING GRANT DO ERC

02-12-2014

Cecília Roque, investigadora principal do grupo de Engenharia Biomolecular da UCIBIO@REQUIMTE, acabou de receber uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação (ERC).

Esta bolsa significa que a investigadora vai receber um financiamento do ERC para os próximos 5 anos, que rondará os 1,5 milhões de euros. Com o prémio, vai estudar como detectar e identificar microrganismos de uma forma rápida e não invasiva através dos odores que libertam.

“Tal é possível graças a materiais inovadores que foram desenvolvidos no nosso laboratório e que têm a capacidade de alterar as suas propriedades na presença de odores”, explica Cecília Roque, também professora no Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

“Actualmente, o diagnóstico de um agente patogénico demora entre 24 a 36 horas, o que leva a um atraso na prescrição do antibiótico adequado. Com esta nova tecnologia, será possível identificar de uma forma rápida os principais microorganismos responsáveis por infecções, nomeadamente aqueles que apresentam resistência a antibióticos”, diz a investigadora.

Na prática, com esta nova técnica pode poupar-se em meios de diagnóstico, bem como nos custos económicos e humanos associados ao uso abusivo de antibióticos. Por outro lado, ao nível de saúde publica será possível um maior controlo de doenças infecciosas. “É um enorme reconhecimento do nosso trabalho e ideias. É um forte motivo de inspiração e motivação para continuar o meu percurso de investigação”, salienta Cecília Roque.

O ERC tem como estratégia encorajar a investigação de excelência na Europa, apoiando a melhor investigação de fronteira em todas as áreas das Ciências e Humanidades. Financia individualmente cientistas de qualquer nacionalidade, idade ou área científica, abrangendo, com quatro instrumentos de financiamento, diferentes níveis de senioridade. Desde 2007, o ERC financiou mais de 4000 projectos na Europa. As ERC Starting Grant são destinadas a investigadores em ínicio de carreira e têm um valor médio entre 1,5 milhões a dois milhões de euros para cinco anos.

Este ano, foram atribuídas cinco Starting Grants a investigadores que trabalham em Portugal. Para além de Cecília Roque, receberam a distinção Nuno Alves e Ana Carvalho, ambos do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto; Megan Carey, da Fundação Champalimaud; e Raquel Oliveira, do Instituto Gulbenkian de Ciência.